Leo Munhoz – Relato de celíaco #1

No primeiro Relato de Celíaco você vai conhecer a história do Leo, um garoto curitibano de 13 anos de idade muito aventureiro! Ele leva as adaptações que precisou fazer após o diagnóstico da Doença Celíaca com a maior leveza, principalmente quando se trata do que ele mais ama: ser escoteiro! O Leo é a primeira criança e o primeiro celíaco assintomático a dar seu relato para o Não Contém Glúten e ele tem muito o que compartilhar com outros pequenos que, assim como ele, também têm a condição celíaca!

Leo Munhoz

Antes da história do Leo ser contada é importante ressaltar que a Doença Celíaca é uma condição sistêmica e autoimune que pode acometer todo o organismo e por isso o celíaco pode apresentar uma lista enorme de sintomas, mas nem sempre é assim. Em alguns casos não há a presença de nenhum sintoma, ou seja, a condição celíaca em determinadas pessoas é assintomática e, consequentemente, ainda mais difícil para diagnosticar. A possibilidade de não apresentar sintomas pode ser interpretado de forma incorreta por algumas pessoas, pois pode parecer que não apresentá-los significa que está tudo bem. Porém, mesmo nesses casos os anticorpos do celíaco assintomático estão atacando o próprio organismo e em algum momento problemas graves podem surgir. Logo, é importante estar em mãos de bons profissionais para que eles possam identificar qualquer indício da condição celíaca, o que felizmente aconteceu com o Leo.

Com pais muito cuidadosos o Leo sempre teve acompanhamento médico e o costume de fazer exames de rotina para verificar sua saúde e seu desenvolvimento, mas nada relacionado à procura de algum possível problema e sim por cuidado.  Com o acompanhamento feito por uma boa profissional que o acompanhou desde a infância foi possível perceber, levando em consideração os aspectos de desenvolvimento que o Leo tinha até então, um atraso em seu crescimento.

Leo com sua família.

Por este motivo a médica do Leo pediu uma bateria de exames para averiguar o que estava interferindo no crescimento dele e, apesar do Leo não apresentar nenhum sintoma gastrointestinal, ela incluiu os testes para a Doença Celíaca. É importante ressaltar que a falta de sintomas gastrointestinais não significa que a DC pode deixar de ser investigada, afinal ela pode acometer todo o organismo, como citado anteriormente. Porém, ainda é muito comum que médicos descartem a possibilidade ou não se lembrem de investigar a doença celíaca se não houver a apresentação de alguns sinais gastrointestinais nos pacientes, como gases, diarreia ou constipação, por exemplo. A médica do Leo foi uma excelente profissional ao pensar na condição celíaca e investigar a possibilidade mesmo com a apresentação apenas do atraso do crescimento, que pode ocorrer por diversos fatores, mas também é comum em crianças celíacas!

O Leo conta com a maior leveza que apesar das muitas adaptações ser celíaco para ele não é difícil e sua família tem papel fundamental neste processo, pois todos aderiram à dieta sem glúten dentro de casa para apoiá – lo e criar um ambiente seguro para ele, sem riscos de contaminação cruzada. Além disso, a escola do Leo contribui bastante para que ele consiga esquentar suas refeições, que são feitas em casa, e comer com segurança no ambiente escolar. Disponibilizaram para ele um microondas novo e que somente ele pode utilizar, para assim não haver riscos de contaminação.

O Leo é escoteiro e não deixou de aproveitar nenhuma atividade do seu grupo após o diagnóstico! Para isso foi necessário uma série de adaptações, mas que, segundo ele, não foram tão difíceis assim. Quando tem acampamento o Leo se organiza bastante antes e planeja todos os detalhes! Em casa são feitos vários lanches que ele consiga levar na mochila para consumir posteriormente e ele também leva alguns biscoitos de pacote. Ele não acha muito saudável os empacotados, mas diz que assim consegue ter mais segurança ao comer fora de casa.

Leo com amigos de acampamento.

Além disso o Leo mantém uma alimentação saudável no dia a dia, então os empacotados acabam sendo exceção e mais por motivos de segurança. Além dos alimentos e lanches, ele também precisa levar uma panela na mochila para poder cozinhar no acampamento com segurança. Inclusive, o Leo já participou do acampamento internacional das américas, porém não era possível levar comida para os 7 dias de evento em um mochila.  A mãe dele, Daniela, entrou em contato com a organização do evento para conversar sobre a situação e verificar o que poderia ser feito. Não foi fácil, mas ela conseguiu que a organização disponibilizasse comida sem glúten segura e um microondas para o Leo e para outros celíacos que participaram. 

Segundo o Leo, ser escoteiro o ajuda muito, inclusive porque os amigos de acampamento entendem sua condição e fazem o possível para ajudá – lo! Para finalizar o relato dele, o Leo diz que o Brasil ainda precisa evoluir muito em relação à Doença Celíaca e espera poder encontrar essa evolução quando ele for adulto!

Esse foi o Relato de Celíaco de hoje! O Não Contém Glúten agradece ao Leo pelo relato e também à sua mãe, Daniela Correia, por autorizar e apoiar a participação dele aqui no Não Contém Glúten! Que você seja inspiração para outras crianças celíacas, Leo!

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2 comentários em “Leo Munhoz – Relato de celíaco #1”

  1. Ana Luisa Correa Pires Veloso

    Muito legal a historia do Leo! Aqui tb temos uma história bemmm parecida aqui na nossa casa, com o João. Foi diagnosticado a quase 1 ano. A casa se adaptou a ele! Enfim, vejo na historia do Leo, a nossa historia! Parabens ao Leo e à sua familia!

    1. Kethleen Formigon

      Fico muito feliz que vocês tenham se adaptado para dar todo suporte pra ele! E sobre essa identificação, é o que visamos que aconteça dentro desse quadro Relato de Celíaco, além de ser um espaço para a comunidade celíaca contar suas histórias! Grande beijo!

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