Dryele Pinheiro – Relato de Celíaco #3

No terceiro Relato de Celíaco você vai se encantar pela história da Dryele, celíaca que organizou um chá de panela para conseguir fazer a troca dos utensílios e eletrodomésticos necessários para garantir a segurança na hora de se alimentar, sem a contaminação cruzada, e mobilizou amigos e familiares a participarem, explicando para eles sobre a Doença Celíaca e seus cuidados.

Infelizmente, é muito recorrente que celíacos ainda sem o diagnóstico frequentem hospitais com várias queixas de sintomas, em busca de uma resposta pelo o que estão passando, sem que os médicos investiguem a possibilidade da Doença Celíaca. No caso da Dryele não foi diferente e ela chegou a ficar desacreditada de que um profissional da saúde poderia ajudá-la. A partir de 2018 ela começou a frequentar a emergência de um hospital reclamando de dores na barriga e sempre recebia um remédio para alívio de cólica intestinal antes de ser liberada para voltar para casa, mas no dia seguinte as dores voltavam, o que a deixava decepcionada e triste por não saber o real motivo dos seus sintomas. Após algum tempo passando por essa mesma situação e sem a investigação por parte dos médicos, Dryele sentiu o agravamento dos sintomas, sendo eles: distensão abdominal, gases, prisão de ventre, enjoos, tonturas, fadiga, aftas, enxaqueca, entre outros. 

Dryele pinheiro

Ao final de 2019, mais de um ano após o início dos sintomas, um gastroenterologista atentou-se ao quadro apresentado por Dryele e decidiu investigar a condição celíaca, comprovada após a verificação dos resultados dos exames, que apresentaram o estágio 3C da classificação de Marsh, ou seja, com a atrofia completa das vilosidades intestinais. Mesmo confusa no primeiro momento, o sentimento relatado por ela foi o de alívio por ter a chance de se tratar e melhorar, mesmo tendo que conviver com restrições daquele momento em diante. Dryele entendeu a seriedade da doença e após o diagnóstico não consumiu mais nenhum alimento com glúten e, inclusive, ao sair do consultório médico, a primeira ação que fez foi ler o rótulo de um suco de caixinha que seu namorado estava segurando para ela tomar ao final da consulta. O maior problema da adaptação foi a contaminação cruzada presente dentro de casa que a fez continuar manifestando vários sintomas, sem apresentar melhoras em sua saúde.

Pensando em como gerenciar os riscos dessa contaminação, Dryele percebeu que precisaria trocar os utensílios e equipamentos da cozinha, mas financeiramente seria muito caro comprar os itens necessários para manter sua segurança. Foi assim que ela teve uma excelente ideia: organizou um chá de cozinha celíaca, para que a troca dos utensílios ocorresse rapidamente e de forma mais acessível a todos que pudessem contribuir nesta nova etapa de sua vida. Dryele listou os utensílios e eletrodomésticos que precisava trocar, sem exigir marcas, e fez apenas um único pedido, que eles fossem na cor vermelha! Em seguida, fez um pequeno texto explicando sobre a doença celíaca e o impacto da contaminação cruzada, e encaminhou juntamente com uma arte atrativa para alguns amigos e familiares o convite do seu chá, feito totalmente on-line devido a pandemia do Covid-19. 

Presentes que Dryelle ganhou no chá.

Dryele diz que o chá foi um sucesso e que sentiu-se acolhida por quem apoiou a iniciativa, e notou a felicidade das pessoas em poder ajudá-la nessa nova caminhada. Como forma de agradecimento a todos que contribuíram, para cada presente recebido, Dryele gravou um vídeo expressando seu carinho e gratidão. Além de ter encontrado uma excelente saída para tornar sua casa um local mais seguro, a organização do chá impactou diretamente na conscientização sobre a Doença Celíaca e seus cuidados para as pessoas que participaram do evento, como explica a seguir:

“O chá foi um jeito alegre e divertido que encontrei para mostrar aos meus familiares a importância dessa segurança na hora de me alimentar.”

A troca dos utensílios e eletrodomésticos melhoraram o ambiente da casa de Dryele, que rapidamente percebeu a evolução em sua melhora, pois a maioria dos sintomas desapareceram. Após alguns meses da troca dos utensílios, Dryele refez o exame AntiTransglutaminase, para verificar a presença de anticorpos, e o resultado foi negativo, indicando melhora da atrofia vilositária intestinal. Além disso, ela ressalta que o chá deu à ela ânimo para pesquisar receitas e colocar a mão na massa!

Dryele, parabéns pela sua ideia inovadora em lidar com essa situação! O Não Contém Glúten espera que sua ideia sirva de exemplo e que seja replicada por outros celíacos! Parabenizamos também todos que compreenderam sua situação e te apoiaram. Sem dúvidas, são pessoas muito especiais e que ajudaram a ter uma qualidade de vida melhor dentro de casa.

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